A possível decisão da França de legislar sobre o iCasino pode ser colocada novamente em pauta, depois que dois indivíduos foram presos em conexão com uma operação de jogos online no valor de € 1 bilhão.
A Agência da União Europeia para Cooperação em Justiça Criminal (Eurojust) confirmou que as autoridades foram alertadas sobre a rede criminosa depois que as vítimas relataram dificuldades para sacar seus ganhos.
Embora os sites visassem principalmente cidadãos franceses, vários de seus gerentes estavam baseados em Chipre, o que significa que foi necessária a colaboração transfronteiriça das autoridades da França, Bélgica, Chipre, República Tcheca, Lituânia e Malta.
Um relatório da Eurojust detalhou que os sites ilegais geraram um faturamento de € 1 bilhão em um período de cinco anos. Além disso, entre 2022 e 2025, foram descobertas transferências de fundos de mais de € 100 milhões.
Os dois homens compareceram diante de um juiz investigativo na França na semana passada e foram acusados de organizar jogos de azar proibidos, operar como parte de uma quadrilha organizada, oferecer ilegalmente jogos online e lavagem de dinheiro.
Atualmente, apenas as apostas esportivas on-line, o pôquer e as loterias são legais na França, enquanto os jogos de cassino estão disponíveis apenas em locais físicos.
Dada a posição da França como o último grande país da Europa Ocidental a não ter legalizado o iCasino, o mercado continua aberto à exploração do mercado negro.
No ano passado, o apoio de setores da indústria para legalizar o setor cresceu. Entretanto, todos os esforços foram frustrados pela contínua incerteza política na França.
Em setembro, François Bayrou perdeu um voto de desconfiança, o que provocou sua saída e a nomeação de Sébastien Lecornu, o quinto primeiro-ministro da França nos últimos dois anos.
No entanto, Lecornu já sobreviveu a dois votos de desconfiança, que tentaram derrubar seu governo minoritário.
Embora a interrupção política tenha paralisado o debate em torno da legislação sobre cassinos on-line, essa significativa apreensão pode ajudar a colocar o assunto no centro das atenções dos políticos.
